12/06/2025 09:40:47
Coisa da Política
Renan arma nova frente e pode usar Senado para fiscalizar gestão de JHC
Senador amplia poder em Brasília e pode mirar finanças da gestão JHC em Maceió
ReproduçãoRenan arma nova frente e pode usar Senado para fiscalizar gestão de JHC

Enquanto os holofotes estavam voltados para a indicação da alagoana Marluce Caldas — tia do prefeito de Maceió, JHC (PL) — ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) — vista como uma vitória estratégica para Renan Calheiros — o senador emplacou uma conquista ainda mais significativa e silenciosa em Brasília na segunda-feira (10). 34f5b

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, presidida por Calheiros (MDB-AL), teve aprovada uma resolução que amplia o o do colegiado às informações sobre empréstimos contratados por estados e municípios junto a instituições financeiras nacionais. Na prática, trata-se de uma abertura de caixa: a CAE poderá fiscalizar com mais profundidade os caminhos e destinos dos financiamentos públicos que antes circulavam longe dos olhos do Senado.

Entre os entes federativos com operações do tipo, está a Prefeitura de Maceió, istrada por JHC, adversário político direto de Calheiros e seu grupo em Alagoas. A nova prerrogativa da CAE poderá dar ao senador munição técnica e política em disputas que extrapolam Brasília e miram diretamente o tabuleiro alagoano.

Essa disputa ganha ainda mais relevância diante da possibilidade concreta de que JHC enfrente, nas eleições de 2026, Renan Filho — ministro dos Transportes e filho de Renan Calheiros — na corrida pelo governo de Alagoas. O o a informações detalhadas sobre operações financeiras de prefeituras e estados pode ser um instrumento decisivo nesse embate.

O rastro do dinheiro

A medida, à primeira vista técnica, tem implicações políticas óbvias. O controle sobre dados de financiamento permite identificar o volume, a origem e os destinos dos recursos tomados por prefeitos e governadores. Em um momento de crescente polarização entre grupos políticos em Alagoas — com Calheiros e seu filho de um lado, e JHC do outro —, o o a essas informações se transforma em trunfo estratégico.

"Quem sabe, controla. E quem controla, tem poder", resume um aliado do senador, sob reserva. A lógica é simples: em um cenário pré-eleitoral, conhecer a fundo as movimentações financeiras dos adversários pode ser mais eficiente do que qualquer propaganda de campanha.

A sobrevivência de um veterano

Calheiros não é um novato. Três vezes presidente do Senado, o alagoano é conhecido pela capacidade de articulação, sobretudo nos bastidores. Sobreviveu a tempestades políticas, escândalos e quedas de aliados. E agora, longe dos holofotes diretos da presidência do Congresso, opera com discrição e foco.

A nova prerrogativa da CAE reforça seu papel como articulador central em Brasília e amplia sua capacidade de atuação nos estados, especialmente no seu reduto, Alagoas. Enquanto Marluce Caldas caminha para o STJ, abrindo espaço no Judiciário, Calheiros cuida do fluxo de caixa dos adversários — preparando o terreno para a próxima disputa estadual entre seu grupo e JHC.

Próximos os

A expectativa é de que a CAE comece a analisar nos próximos meses os contratos de maior vulto firmados por estados e capitais. Os relatórios prometem causar barulho. E em ano pré-eleitoral, qualquer ruído pode se transformar em terremoto político.

Afinal, para Renan Calheiros, saber é poder. E poder, em Brasília e em Alagoas, é sempre uma questão de sobrevivência.

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