A força do Sertão de Alagoas e a grandiosidade dos Cânions de Xingó, no Rio São Francisco, dão o tom épico à nova superprodução da TV Globo, Guerreiros do Sol, que estreou na última quarta-feira (11), no canal Globoplay. Gravada em solo alagoano, a novela não só destaca a paisagem marcante do estado, como eterniza o último trabalho do ator Thommy Schiavo, que morreu em 2024 aos 39 anos, após sofrer uma queda de quatro metros do prédio onde morava. 4a1m5e
Na trama, Schiavo interpreta um policial que integra a força de repressão contra um grupo de cangaceiros. As gravações foram realizadas em cenários naturais de tirar o fôlego, como Piranhas, Olho d’Água do Casado e os Cânions de Xingó, uma das maiores belezas naturais de Alagoas, esculpida entre as margens do Rio São Francisco. (Assista ao vídeo abaixo da matéria).
O pai do ator, Horácio Ramos, compartilhou a dor da perda e a emoção de ver o filho novamente em cena. “É a pior coisa do mundo, muito difícil viver sem ele. Thommy faz falta 24 horas por dia”, disse, em entrevista ao jornal O Globo. “É um pedaço de mim que foi embora, perder um filho é inigualável, uma dor para sempre. O mundo ficou mais cinzento, antes era bem colorido.” Afirmou.
Durante as gravações, Schiavo mantinha o pai por perto, ainda que à distância, enviando mensagens e fotos diretamente dos bastidores em Alagoas. “Ele falava das pessoas que trabalhavam com ele, mandava fotos para mim de todo trabalho que fazia. A família está na expectativa de assistir.” Completou.
Antes de viver esse último papel em Guerreiros do Sol, Thommy brilhou no remake de Pantanal (2022), interpretando o peão Zoinho. Na trama, protagonizou uma das cenas mais comentadas, ao lado de Silvero Pereira, com o beijo entre seus personagens — um marco para a representatividade LGBTQIA+ na teledramaturgia.
Nos bastidores de Pantanal, conheceu a maquiadora Angra Monaliza, com quem teve uma filha, Lara, prestes a completar dois anos. A menina agora cresce com o legado artístico do pai que emocionou o país — e que encontra no sertão alagoano, entre a beleza dos cânions e a força do Velho Chico, seu adeus mais simbólico.
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